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Viajar Sozinha - Libertador

Depois de ter ficado alguns anos sem férias, escolhi o meu destino em uma promoção de Black Friday da TAM. Comprei as passagens e depois eu fui ler sobre o destino: Chile. Apesar de procurar companhia não consegui encontrar alguém que tivesse férias na mesma época e que quisesse ir para o mesmo lugar. Conclusão:  resolvi fazer essa viagem sozinha. E posso dizer: foi libertador!

Meus pais e amigos me apoiaram e em momento nenhum tive medo, pelo contrário! Quando você viaja sozinha pode fazer o que quiser, quando quiser e como quiser.

 

O preparo para a viagem foi diário! Lendo sites, revistas, escolhendo os passeios, hospedagem e transporte. E claro, os amigos ajudaram criar mais coragem! Tudo isso, me fez mergulhar em uma expectativa que na verdade não chegou aos pés da emoção de viajar sozinha para o deserto. Defini o momento do embarque como "Borboletas no estômago".

Planejando a Viagem

Mesmo os contra tempos, mesmo quando Manuzei* foi muito leve, divertido e autoconhecedor. Na minha mala foram roupas, caderno de anotações, livro, maquina fotográfica. E na minha mala voltou muito mais que isso. Voltou a experiência de poder ficar quieta sem falar com ninguém ou se aproximar e fazer uma amizade durante um almoço ou passeio.

 

As pessoas perguntaram se me senti sozinha, minha resposta junto com um sorriso é: "Não! É maravilhoso!"
Para as fotos, usei o timmer da máquina ou o famoso selfie. Para o transporte contratei todos do Brasil, muito bem recomendados e a hospedagem também, tanto de amigos como de sites de viagens.

Voei do Rio de Janeiro para Santiago em um voo direto e já no aeroporto no momento de despachar a mala o atendente me falou que não estava localizando meu nome (!), mas como cheguei cedo ao aeroporto, e eu estava com a passagem impressa (ainda não existia o aplicativo), tudo foi resolvido. Em Santiago, após passar na imigração esperei 2 horas para o segundo voo, com o destino final de San Pedro do Atacama. Houve um atrazo nesse voo de mais 3 horas, mas mesmo assim, fiquei tranquila. Sentei em frente ao portão com o meu livro sobre o Chile e o meu livro de viagem (sempre que viajo levo um livro).

Dei preferência para ficar hospedada em Hostel, e foi uma das melhores escolhas. Tenho contato com pessoas que conheci até hoje, quase 4 anos depois! O transfer no Atacama foi contratado daqui mesmo do Brasil, o que foi maravilhoso pois estava previsto de chegar ao Hostel às 19hs, mas só cheguei às 23:30.

Para os passeios eu sentava na frente com o motorista, com o privilégio de uma visão encantadora. Para as refeições, saia de um tour e conversando com algumas pessoas do grupo e já combinávamos um restaurante antes de voltar para o hostel ou já tinha feito uma reserva. Teve dia que resolvi jantar com as pessoas abstrair a reserva... mas também teve dia de querer jantar sozinha.

Anfiteatro - Valle de La LunaAnfiteatro - Valle de La Luna

Anfiteatro - Valle de La Luna

No fim, aprendi que ter essa oportunidade incrível de mergulhar nos meus pensamentos e observar de um novo ângulo o mundo, as pessoas, os lugares e a cultura diferente, fez parte de um crescimento e amadurecimento que é só meu.

Experimente, tente.
Pode ser antes de namorar, ou após o namoro. Pode ser antes do casamento e dos filhos ou mesmo um tempo para você sair da rotina de casa e se encontrar, se reorganizar. Nem que seja um fim de semana, um dia. Tenha essa experiência.

 

 

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Atacama – Gêiseres de Tatio

Pesquisando sobre o Chile, e claro, o Atacama, me deparei com esse espetáculo da natureza!
Gêiserer de Tatio
O Passeio começa bem cedinho, saímos do Hostel às 04:45 am e a temperatura estava baixa, pra mim MUITO frio, -4º no verão [gente moro no Rio de Janeiro, 18º graus é praticamente um frio de lascar! rs]. Estava escuro ainda, o local é um pouco distante e alto, sim subimos a montanha, é muito alto: 4.320m [!].
 
Eu amei a experiência, estava bem ansiosa, entrar na van , seguir o caminho... , foi muito só alimentando a minha imaginação de como tudo seria, além das fotos que eu já tinha visto na internet!
 
Amiga de Viagem =)

O cenário é completamente diferente de tudo que havia visto na minha vida, como chegamos muito cedo, e tomamos café da manhã lá, tive a oportunidade de mais uma vez ver o sol brincar com as cores do céu. Mas dessa vez de bem escuro, negro o céu, para cinza, azul até clarear completamente... um espetáculo à parte!

E que espetáculo!Há um rio subterrâneo que passa entre a superfície do chão e o magma. E cedinho a água está fria, por conta da temperatura de fora, mas embaixo dela passa o calor do magma que jorra a água pra cima por um buraco no meio do chão [como se fosse uma baleia no alto da montanha mas a água tem a temperatura de quase 89°C!]. Entre um fenômeno e outro, sai uma fumaça pelo buraco.
 
Como a atração fica em alturas elevadas, e muito muito muito acima do nível do mar, recomenda-se que as pessoas que vierem para o Atacama e não estejam acostumadas com a altitude, façam esse passeio no terceiro dia em diante.
A bonita aqui, não seguiu essa dica e sentiu um pouco as consequências da altitude: náuseas, sono, respiração muito ofegante, cansaço extremo. Segui a orientação do Guia, fui para a Van, tomei um chá e dormi.
 

 

Quando acordei, já estávamos no povoado de Machuca, apesar de poucas pessoas nativas no local vendendo artesanato, espetinhos de Ihamas [vulgo churrasquinho de gato], empanadas de queijo de cabra. Mas não consegui sair da van para aproveitar...

 
 

Desculpem pelas fotos noturnas... não ficaram muito boas, por isso coloquei pequenas.

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Atacama – VALLE de LA LUNA, Chile

O Chile, e principalmente o Atacama está mito acima do nível do mar, então acho que acertei nesse passeio pois pude me adaptar com a altitude antes de explorar outros passeios mais altos.

Quando cheguei ao Hostel  e eu cheguei tarde [porque meu Voo de Santiago x Calama atrasou bastante], a primeira atitude que tomei, (- OK a segunda, depois do meu “-Boa noite, desculpe pelo horário”, foi planejar e programar meus passeios turísticos. E eu só falava do Vale de La Luna, a minha Disney do momento.

E chegando ao Vale, uma sensação de que realmente estava em um lugar fora da Terra. Dias antes da minha chegada, havia chovido bastante e por conta disso não pude ver o por do sol. Sim, no deserto chove [!]

O Chile, e principalmente o Atacama está mito acima do nível do mar, então acho que acertei nesse passeio pois pude me adaptar com a altitude antes de explorar outros passeios mais altos.

Mas voltando ao Valle, aquele admirável visual novato para meus olhos, um tom de deserto, com montanhas saltando do chão [meu irmão que estuda Geologia, diria, “é uma falha...”], areias fininhas mas grossas e pesadas, buraquinhos no chão, dunas de todos os tamanhos e formatos, o céu azul lindo e limpo. Você fica parada, admirando o deserto por todos os lados. Não tem fim, até aonde seus olhos alcançam e se perdem é deserto e beleza.

Caminhei por uma trilha, onde me senti em um filme do Indiana, porque eram dois paredões altos, um de cada lado e um determinado momento sentia bem estreito.

A atração do Valle é toda voltada para a beleza natural, e contemplação da natureza, desde as formações geológicas, como as “Três Marias”, cavernas, paredões imensos aos tons do por do sol. Aliais uma grande atração é o por do sol, muitas pessoas fazem piquenique, para ver o sol se pondo.

E sobre o por do sol, de um lado o sol mergulhando nas montanhas e do outro um tom de lilás sendo tomado aos poucos pelo cinza, realmente o sol sabe brincar com as paletas de cores do céu. Nesse momento começa a esfriar um pouco também, e depois rapidamente a temperatura cai.

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